Hemograma na Anemia Aplásica em Cães e Gatos: Quais Alterações Esperar
- Giovana Balarin
- há 1 dia
- 2 min de leitura
Atualizado: há 6 horas

A anemia aplásica em cães e gatos é uma condição grave caracterizada pela falência da medula óssea, resultando na redução acentuada da produção de hemácias, leucócitos e plaquetas. O hemograma, nesses casos, é uma ferramenta fundamental para levantar a suspeita clínica e direcionar os exames complementares.
1. Hemácias: queda sem sinais de regeneração
Hematócrito e hemoglobina: marcadamente reduzidos. VCM e CHCM: geralmente normais (anemia normocítica normocrômica).
Reticulócitos: ausentes ou em número muito baixo, indicando anemia não regenerativa. Morfologia: geralmente sem alterações significativas, já que o problema não é destruição ou perda, mas falha de produção.
2. Leucócitos: leucopenia frequente
Neutropenia: resultado da falência medular.
Linfócitos: podem se manter dentro do limite inferior ou também reduzidos. Esse quadro aumenta a susceptibilidade a infecções, ponto crítico no manejo clínico.
3. Plaquetas: trombocitopenia marcante
A baixa produção medular também afeta a linhagem megacariocítica.
Plaquetopenia severa pode resultar em petéquias, equimoses e sangramentos espontâneos.
4. Como diferenciar de outras anemias não regenerativas
Doença renal crônica: anemia não regenerativa discreta a moderada, mas sem leucopenia e trombocitopenia acentuadas.
Doença inflamatória crônica: anemia discreta, geralmente normocítica normocrômica.
Aplasia medular verdadeira: pancitopenia consistente (hemácias + leucócitos + plaquetas).
5. Exames complementares importantes
Mielograma: confirma a falência medular (hipocelularidade ou aplasia).
Bioquímica sérica: para excluir causas secundárias (doenças infecciosas, intoxicações, drogas mielotóxicas).
Testes para agentes infecciosos (ex.: erliquiose, FeLV).
Comentários